Tic Tac, Tic Tac, olho para o relógio de parede com os números fluorecentes, já passa da 1 hora daquela madrugada gelada pra chuchu e a vizinha do apartamento de cima a lavar roupa, o barulho daquela infeliz maquina não me deixava dormir. Passava das 2 horas quando a criatura percebeu que ela fazia barulho e resolveu parar (mantendo a fé no bom senso humano), mas essa não seria a melhor de minhas noites, agora lá na rua passava um veículo bem lento com o rádio ligado ao um volume ensurdecedor, eu imaginava a cena do infeliz chacoalhando todo dentro do seu carro tão rebaixado que anda arrastando pelo asfalto se sentindo o máximo, o último biscoito canino do pacote. Nisso já passava das 3 horas e eu ainda não havia pregado os olhos, até o barulhinho do relógio estava me incomodando. Você já deve ter sentido vontade de fazer xixi no meio da noite e segurar por preguiça de levantar, pois é, só que eu não agüentei e tive que ir dar a minha aliviada, quando voltei pensei : O que mais iria me impedir de ter o sono dos justos ? e me estiquei toda em minha cama. Mas será possível?, o telefone toca aquela hora ?! O pessoal atende até que rápido (nesse horário o telefone tocar boa coisa não é) era engano...parecia brincadeira... como fazer uma ligação nesse horário para casa de alguém e errar o número?. O pessoal agora também irritado levanta, vai ao toalete, entra na cozinha para beber água , todo esse percurso discreto e sutil como um Búfalo dentro de uma loja de Cristais. O dia já começava a dar as caras, alguns ligavam os veículos no estacionamento, outros andavam de salto pelos corredores e eu acordada ouvindo tudo aquilo. Não me recorda mas devo ter conseguido dormir por volta das 6 e meia , quando foi 7 horas o pessoal de casa já levantaram, tomaram banho e põe a me chamar, Vamos Kimberly hora de levantar preguiçosa, AuAuAfffff ninguém merecê.
Dedicado a leitora Elaine Cristina.