quinta-feira, 17 de setembro de 2009

BEIJA-FLORES

Penduraram no toldo de fronte a loja de ração, um depósito de água açucarada, um arranjo de Flores Artificiais para atrair Beija-Flores...E eles vieram, pelo menos reconhecidamente uns dois...Vieram e se tornaram visitantes diários exigindo das pessoas da loja o hábito, também Fiel ao Extremo de manter o repositório de água açucarada sempre cheio...Sua presença natural revela que mesmo as custas da Artificialidade das Flores de Plástico é possível a convivência pacífica da maravilhosa espécie com o Homem, Espantalho por Natureza...Assisto pela calçada a Fidelidade dos Beija-Flores atraídos que são pela fonte doce das flores cotidianamente reposta por mãos zelosas...Pela simples manutenção desse Acordo Silencioso, tácito, os seus companheiros ( não poderia esquecer de dizer que tal arranjo atrai pássaros de outra espécie), no entanto, além, de Colorirem o ambiente ainda acham por bem Trinar em frente a loja ou até mesmo dentro dela, chamando a atenção das manobras na tentativa de se Agarrar-se a Flor Suspensa...Os Beija-Flores, graças as suas habilidades aéreas inatas, conseguem abiscoitar as gotículas açucaradas com relativa facilidade, seus pares não, irrequietos pousando aqui e ali, se equilibram nas hastes do toldo que protege a entrada do comércio....Duvido haver espetáculo mais belo que aquele que os lindos voadores proporcionam... Ali a Vida Transborda mesmo que a Flor seja artificial e o açúcar seja industrial ( Sem dimensionar os efeitos disso no metabolismo das Pássaros )...Frente a isso, com a Impassividade da Espantalha Escrevente , pergunto como pode haver mentalidades escravistas e possessivas para capturar a beleza ?, Auferir ganhos com a fragilidade da vida silvestre ?... Praticas que expõe cruelmente a diversidade de faces da natureza humana...Pássaros, Que Sejam Livres , como já dizia o Poeta :- Os Pássaros, cumprindo sua natureza irrequieta e errante, devem tão somente livres, compor a elegia da liberdade....Viva Au Vida.


Dedicado a leitora Cida Marques.